Um movimento de igrejas evangélicas está tomando as escolas públicas e particulares de São Paulo. Segundo informações do “UOL”, crianças e adolescentes têm se reunido durante os intervalos das aulas, para participar de “mini cultos”. Grupos de crentes começaram a fazer leituras bíblicas e louvores mesmo nas unidades de ensino que não são religiosas.
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Segundo um levantamento feito pelo portal de notícias, a prática já ocorre em colégios de ao menos 19 estados. A atitude, porém, vem levantando debates. Acontece que o 19º artigo da Constituição brasileira determina que escolas administradas pelo Estado estão proibidas de apoiar cultos ou igrejas, salvo por interesse público.
“O movimento é feito sob orientação de lideranças evangélicas, neopentecostais, que transformam intervalos em cultos. Isso incomoda alunos e familiares que não compartilham da mesma fé“, afirmou logo a princípio o professor Marcondes Rodrigues, da rede estadual em Paudalho (PE). “Não se pode permitir que encontros dessa natureza interfiram na rotina, seja a partir do uso de música alta ou de tentativas de imposição de uma fé. A escola pública deve ser um espaço marcado pela diversidade.“, pontuou ele na sequência.
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Nas redes sociais, vídeos de religiosos promovendo a “cura” nas escolas têm viralizado. Críticos afirmam que os “intervalos bíblicos”, populares nas escolas estaduais, podem configurar ataques à laicidade do Estado.
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