Governo Lula reforça sobre deportados: “Algemas não serão admitidas”

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Nesta última terça-feira (28/01), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros para discutir sobre um assunto delicado. O atual chefe de estado falou sobre a deportação de imigrantes brasileiros que estão ilegais nos Estados Unidos (EUA). Após a conversa, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, concedeu entrevistas à imprensa. Na ocasião, ele reforçou que o governo não irá admitir que os cidadãos nacionais sigam algemados e acorrentados quando chegarem ao solo brasileiro.

++ Brasileiros deportados por Trump chegam ao Brasil com pés e mãos algemados

O governo está mobilizado desde a chegada de 88 brasileiros deportados dos EUA. Acontece que estes chegaram com mãos e pés algemados e acorrentados. Além disso, eles também enfrentaram situações desumanas durante a viagem de volta ao Brasil. Isso, é claro, desagradou o governo brasileiro: “Nós não podemos admitir que as pessoas venham com aquele tipo de tratamento, inclusive correndo riscos maiores porque o avião poderia ter sofrido acidentes e problemas mais graves.“, declarou Mauro Vieira logo a princípio.

Em seguida, quando questionado se existe algum acordo formal que proíba o uso de algemas nos cidadãos brasileiro, Mauro disse: “Em solo nacional, não pode e não deve haver [uso de algemas].“, afirmou. Segundo o ministro, há acordos anteriores, de 2018 e 2021, que regulamentaram parte dessas operações.

++ Bolsonaro autorizou, em acordo de 2021, brasileiros serem algemados em deportação

Relembre e entenda

O 1º avião com os deportados brasileiros precisou pousar em Manaus para abastecer. Na capital, tripulantes perceberam problemas técnicos na aeronave. Confinados e acorrentados, os brasileiros protestaram e, segundo eles, sofreram violência por parte dos agentes americanos. O uso de algemas durante os voos com imigrantes ilegais é algo comum, que faz parte da lei americana. Porém, os oficiais de Trump queriam manter os brasileiros presos enquanto mandavam outro avião para levá-los de Manaus para Confins, o que o governo federal não permitiu.

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