Comitê médico afirma que ‘enfermeira serial killer’ pode ser inocente

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Um painel de especialistas contestou as evidências médicas usadas para condenar a enfermeira britânica Lucy Letby pelo assassinato de sete recém-nascidos e pelas tentativas de matar outros sete. Uma revisão feita por profissionais foi divulgada nesta terça-feira (4).

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Com isso, o grupo não encontrou sinais de crime e concluiu que causas naturais ou maus cuidados médicos levaram à morte de cada um dos bebês, segundo o neonatologista Shoo Lee, do Canadá.

“Em resumo, senhoras e senhores, não encontramos nenhum assassinato”, disse Lee em uma coletiva de imprensa em Londres.

Letby, de 35 anos, cumpre várias penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional após ser condenada por assassinato e tentativa de assassinato. Ela trabalhou como enfermeira neonatal em um hospital da Inglaterra entre junho de 2015 e junho de 2016.

O advogado de defesa de Letby, Mark McDonald, disse que agora há “evidências esmagadoras” de que a enfermeira foi condenada injustamente e está “presa pelo resto da vida por um crime que nunca aconteceu.”

“A razão pela qual Lucy Letby foi condenada foi por causa das evidências médicas apresentadas ao júri”, disse McDonald. “E isso foi demolido hoje.”

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Letby foi derrotada em duas tentativas de apelar de sua condenação, mas a equipe jurídica da enfermeira pediu à Criminal Case Review Commission que examinasse o caso, o que poderia levar a uma nova tentativa de apelação.

O Crown Prosecution Service não comentou as conclusões do novo painel médico. Os promotores haviam dito anteriormente que dois júris haviam condenado Letby e três juízes de apelação haviam rejeitado seus argumentos de que as evidências dos especialistas da acusação eram falhas.

Ao longo do julgamento, Letby negou as acusações e disse que a culpa da morte havia sido das condições de higiene do hospital. Porém, a polícia diz ter encontrado em sua casa uma carta na qual ela admite os crimes e diz ter matado de propósito as crianças.

O grupo de 14 especialistas internacionais em neonatologia e pediatria revisou os registros médicos de 17 bebês que Letby foi acusada de prejudicar. Os profissionais encontraram níveis inadequados de pessoal no hospital e vários outros problemas graves.

Os especialistas identificaram que os profissionais médicos não tinham habilidades adequadas em ressuscitação e inserção de tubos respiratórios, não compreendiam alguns procedimentos básicos, diagnosticavam doenças incorretamente e agiam lentamente no tratamento de bebês gravemente doentes.

“Eu diria que se este fosse um hospital no Canadá, ele seria fechado”, afirmou Lee.

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