Nesta última quarta-feira (26/02), o governo Lula reagiu às críticas da administração dos Estados Unidos (EUA) contra o ministro Alexandre de Moraes. Através de uma nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a equipe do petista sinalizou que não vai aceitar a distorção dos fatos no país.
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Entenda
No início de fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a plataforma de vídeos “Rumble” bloqueasse dois canais. Ambos do blogueiro de extrema direita Allan dos Santos, que teve prisão preventiva decretada pela Justiça brasileira e está foragido nos EUA. Posteriormente, a plataforma digital se juntou à empresa de mídia do presidente Donald Trump em um processo contra Moraes. O processo foi apresentado em um tribunal norte-americano por, supostamente, censurar vozes de direita nas redes sociais.
Na sexta-feira passada, Moraes decidiu bloquear a plataforma no Brasil diante do descumprimento de suas determinações. Nesta quarta, o Departamento de Estado americano se juntou às críticas das empresas, e acusou o governo brasileiro de “censura”: “Bloquear acesso à informação e estabelecer multas a companhias americanas por se negarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão.“, alegaram em nota.
Governo brasileiro diz que os EUA ‘distorcem’ fatos
Posteriormente, o Itamaraty respondeu ao governo Trump. Na ocasião, o órgão do Poder Executivo deixou claro que não irá aceitar a intromissão dos EUA em assuntos do Brasil: “O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais (…).“, diz um trecho da nota logo a princípio. “A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente. Inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil.“, rebateu na sequência.
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Mais
Desde o último ano, Moraes se tornou alvo de alguns parlamentares dos EUA. Em suma, a ofensiva contra o ministro brasileiro começou após ele suspender o “X” (antigo “Twitter”) no Brasil. O motivo foi porque a rede social descumpriu, diversas vezes, ordens judiciais brasileiras.
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