É falso que o uso de máscaras é ineficaz contra o coronavírus

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Circula nas redes sociais um texto, originalmente publicado no site do Instituto Rothbart, com informações sobre o uso de máscaras como medida de proteção contra a covid-19. O conteúdo do texto afirma que não existem evidências capazes de provar a eficiência desse tipo de contra a doença e ainda diz que o uso da máscara pode causar intoxicação e aumentar o risco de contaminação pelo novo coronavírus e outros vírus e bactérias. Além disso, o texto ainda classifica como “tirania” o incentivo ao uso de máscaras.

“Pelo direito básico de respirar: a tirania (anticientífica) das máscaras tem que acabar.” – Título do texto publicado pelo site Instituto Rothbart. (Fonte: Reprodução

Essa informação é falsa. As afirmações publicadas no texto que circula nas redes sociais vão contra as indicações de especialistas de diversos países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso correto de máscaras de proteção diminui a quantidade de partículas virais expelidas e, dessa forma, ajuda a minimizar as chances de transmissão do vírus.

O uso de máscaras, diferente do boato que circula na internet, é indicado com base em comprovações cientificas que atestam sua efetividade. No site do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), por exemplo, é possível encontrar artigos, publicados em diferentes revistas científicas, que atestam a efetividade do uso de máscaras como parte da estratégia para controlar a pandemia. Já a OMS, conta com uma Divisão Científica que subsidia a elaboração das normas da organização e que produz inúmeras pesquisas na área da saúde pública.

No início da pandemia do novo coronavírus, a OMS chegou a recomendar que apenas pessoas que apresentassem os sintomas deveriam usar as máscaras de proteção. Isso aconteceu para que fosse evitada a falta do produto para os profissionais que atuam na linha de frente e nem para pacientes sintomáticos. Nesse mesmo período, muitas pessoas passaram a “estocar” máscaras cirúrgicas em casa e faltavam equipamentos de proteção em vários países do mundo.

Em junho, com o avanço do número de casos e de óbitos causados pelo coronavírus, a OMS passou a recomendar o uso se máscaras para o público geral, afirmando que a mudança em seu posicionamento fora baseada na conclusão de novos estudos científicos. Uma das soluções, para que não falte o equipamento profissional, é o uso das máscaras de tecido, por exemplo. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui uma página que reúne informações sobre máscaras faciais de proteção e que indica qual o tipo mais adequado para os diferentes contextos.

Também é falso que as máscaras possam causar intoxicação ou aumentar o risco de contaminação. Desde que sejam usadas, higienizadas, ou descartadas da forma correta, as máscaras são totalmente e seguras e não representam nenhum risco a saúde.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.