Jovem com ‘síndrome do lobisomem’ entra para o Guinness com recorde

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Na Índia rural, um jovem de 18 anos tem chamado a atenção global não por feitos atléticos ou acadêmicos, mas por uma característica física raríssima.

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Lalit Patidar acaba de entrar para o Guinness World Records como a pessoa com o rosto mais peludo do planeta — um marco relacionado a uma condição que atinge pouquíssimos indivíduos no mundo: a hipertricose.

Conhecida popularmente como “síndrome do lobisomem”, a hipertricose provoca o crescimento excessivo de pelos em partes incomuns do corpo.

Em Lalit, o fenômeno se manifesta principalmente no rosto, onde os pêlos cobrem quase toda a pele, deixando visíveis apenas os olhos e os lábios.

O diagnóstico veio ainda na infância, e desde então, ele aprendeu a conviver com os olhares curiosos e, por vezes, preconceituosos.

“Na escola, muitos tinham medo de mim no começo. Mas, ao me conhecerem, perceberam que sou igual a todos, apenas com uma aparência diferente”, relembra Lalit, em entrevista ao Guinness.

Com isso, o jovem atingiu a marca impressionante de 201,72 fios por centímetro quadrado no rosto — número que garantiu sua entrada oficial no livro dos recordes.

Assim, a condição que o acompanha desde pequeno é extremamente rara: estima-se que existam menos de 50 casos documentados em toda a história.

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Embora, em algumas situações, possa surgir ao longo da vida por influência de fatores externos como medicamentos ou doenças, no caso de Lalit, acredita-se que a origem esteja ligada a uma mutação genética.

Apesar dos desafios, o jovem se recusa a ver a condição como um obstáculo. Pelo contrário, ele tem usado sua visibilidade para inspirar outras pessoas.

Em seu canal no YouTube — que já ultrapassa 100 mil inscritos — Lalit compartilha detalhes de sua rotina, viagens e reflexões.

Foi em uma dessas experiências que ele viajou até Milão, na Itália, para participar de um programa de TV onde teve a densidade de pelos oficialmente medida por um especialista.

Com o recorde agora registrado, Lalit celebra não apenas o título, mas também o caminho de aceitação pessoal que trilhou.

Ele afirma que não tem intenção de remover os pelos de seu rosto, mesmo que o procedimento seja possível por razões estéticas. “Não preciso mudar quem sou. Gosto de mim assim”, declarou.

Embora não exista cura para a hipertricose, ela não representa risco à saúde — o tratamento, quando buscado, costuma ser estético. Especialistas alertam, porém, para os cuidados com a pele durante a remoção, já que procedimentos inadequados podem causar irritações e lesões.

Mais do que uma curiosidade médica, a história de Lalit é um lembrete poderoso de como a aceitação e o orgulho da própria identidade podem transformar uma condição rara em um símbolo de força.

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