A família de uma jovem de 26 anos que morreu em fevereiro após lutar contra uma cardiopatia congênita prestou queixa na delegacia e acionou o Ministério Público na terça-feira (8) para denunciar duas estudantes de medicina por exporem o caso ironizando a paciente.
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Assim, as alunas publicaram um vídeo no TikTok em que falam sobre os três transplantes de coração feitos por Vitória Chaves da Silva no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, e dizem que um deles não foi bem-sucedido por ela não ter tomado os medicamentos corretamente. A família da paciente pede uma retratação.
Na gravação, que foi apagada das redes sociais, aparecem Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano dizendo que estavam no Incor, em São Paulo.
Elas não citam o nome de Vitória, mas falam que estavam chocadas após saberem que uma paciente do hospital tinha recebido três corações e um rim.
“A gente está em choque, sem acreditar até agora. São sete horas da manhã. Uma paciente que fez transplante cardíaco três vezes. Um transplante cardíaco já é burocrático, é raro, tem questão da fila de espera, da compatibilidade, mil questões envolvidas”.
“Agora, uma pessoa passar por um transplante três vezes, isso é real e aconteceu aqui no Incor”, afirmou Thaís.
Gabrielli diz, então, que o segundo transplante teve rejeição pela falta de comprometimento da paciente em tomar os remédios.
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“A segunda vez ela transplantou e não tomou os remédios que deveria tomar, o corpo rejeitou e teve que transplantar de novo, por um erro dela. Agora. ela transplantou de novo, aceitou, mas o rim não lidou bem com as medicações”, disse Gabrielli.
No final, Thaís ainda ironiza: “Essa menina está achando que tem sete vidas. Não sei. Já é tão raro, difícil a questão de compatibilidade, doação, ‘n’ fatores que não sei especificamente por que não passamos por cirurgia cardíaca ainda”.
“Estou em choque. Simplesmente uma pessoa que passou por três transplantes de coração. Ela recebeu três corações diferentes”.
Em nota, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), responsável pelo Incor, informou que as alunas são “graduandas de outras instituições e estavam no hospital em função de um curso de extensão de curta duração (um mês)”.
Disse ainda que “repudia com veemência qualquer forma de desrespeito a pacientes e reafirma o compromisso inegociável com a ética”.
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