Circula nas redes sociais um post afirmando que o órgão regulador de medicamentos nos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), e a China teriam aprovado a cloroquina para o tratamento da Covid-19. A postagem ainda diz que os países teriam comprovado que o medicamento é “100% seguro” para a cura da doença.
Essa informação é falsa. Não é verdade que o Food and Drug Administration (FDA) considera a cloroquina “100%” eficiente no tratamento contra a Covid-19. O órgão chegou a autorizar o uso emergencial do medicamento, entre 28 de março e 15 de junho, mas essa medida foi revogada. Segundo um comunicado feito à imprensa, a instituição declarou que não considera a cloroquina e a hidroxicloroquina eficazes contra a doença.
Ao emitir uma ordem especial para a adoção de produtos com sulfato de hidroxicloroquina e fosfato de cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19, em 28 de março, o órgão destacou que o documento não atestava que a FDA considerasse os medicamentos como eficazes. “Essa autorização é reservada para situações de emergência e não é a mesma coisa que uma aprovação ou licença da FDA”, disse a agência no comunicado.
No dia 15 de junho, a decisão foi revogada. Segundo o FDA, com base em descobertas científicas recentes, “é improvável que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam eficazes no tratamento da Covid-19”. A instituição ainda ressaltou que essas drogas podem causar problemas cardíacos e que os potenciais benefícios do uso não superam os riscos.
Também é falso que a China considere o medicamento seguro. Em agosto, a Comissão Nacional de Saúde da China adotou um protocolo que inclui a cloroquina como um dos medicamentos para tratar pacientes que tenham sido infectados pelo coronavírus. Porém, embora tenha o uso recomendado, a comissão não afirmou que o medicamento tenha tido sua eficácia contra a doença comprovada.
“Algumas drogas podem demonstrar algum grau de eficácia em estudos de observação clínica, mas não há antivirais efetivos confirmados por estudos duplo-cego e controlado por placebo”, informou a instituição a um jornal chinês.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.