Incêndios no Pantanal não foram causados pelo Movimento Sem Terra

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Circula nas redes sociais uma publicação que associa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e João Pedro Stédile, membro da direção nacional da entidade, aos incêndios no Pantanal.

O texto diz: “A polícia federal está investigando os incêndios criminosos que estão acontecendo no Pantanal, segundo superintendente da PF, há fortes indícios de que o MST e ONGs ligadas ao terrorista João Pedro Stédile estejam agindo ilegalmente, devemos ressaltar que Stédile já fez graves ameaças no sentido de “incendiar o Brasil” caso Bolsonaro vencesse as eleições. O líder do MST vive atualmente na Venezuela onde tem o seu grupo terrorista à serviço do ditador Nicolás Maduro”.

No entanto, a informação é falsa. A Polícia Federal disse que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento” e que ações e operações são divulgadas oficialmente no site da corporação. “Qualquer informação que circule nas redes sociais que não tenha partido dos nossos canais oficiais de comunicação é de total responsabilidade de quem a divulgou”, diz a nota da PF.

Sendo assim, ao verificar o site da PF, não há nenhuma informação que relacione a investigação sobre as queimadas no Pantanal ao MST ou a João Pedro Stédile. A última nota divulgada pela instituição a respeito da apuração da responsabilidade criminal sobre incêndios na região pantaneira foi sobre a Operação Matáá, realizada no dia 14 de setembro pela superintendência de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Corumbá e Campo Grande. Os nomes dos investigados não são citados na nota da PF.

O texto compartilhado também faz referência a uma declaração falsa atribuída a Stédile, no qual ele ameaça “incendiar o Brasil” contra o presidente Jair Bolsonaro. Esse conteúdo já foi verificado pela Lupa.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.