Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que nanorrobôs serão introduzidos nas vacinas da Covid-19. Segundo o texto, a intenção da vacina não seria acabar com a pandemia, mas sim alterar o DNA e o cromossoma humano.
Essa informação é falsa. Diferente do que afirma a publicação que circula no Facebook, vacinas criadas com a tecnologia sobre plataformas de DNA não alteram o código genético de células humanas. Também não é verdade que existem imunizantes com nanorrobôs, seja entre as imunizações que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19, ou mesmo em vacinas que já estão em uso para outras doenças.
A tecnologia de DNA, presente em algumas vacinas, permite que uma parte dos genes de um determinado patógeno seja inserida em plasmídios, molécula de ácido nucléico presente em bactérias. Assim, esses plasmídios são injetados no corpo humano e entram nas células, onde passam a produzir partes do agente causador da doença. Esse processo gera uma resposta de defesa, assim criando anticorpos contra o causador da doença.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) essa tecnologia garante que, quando corpo humano precisar confrontar o agente infeccioso, o organismo terá uma resposta adequada, podendo assim o neutralizá-lo antes que sejam causados efeitos prejudiciais.
Em relação aos nanorobôs, ainda não existe nenhuma tecnologia que permita a criação de imunizantes com nanorrobôs introduzidos – seja para as vacinas contra o coronavírus, ainda em estudo clínico, ou entre as que já estão em uso para outras doenças. Também não existe a possibilidade de uma vacina alterar o cromossoma humano, que é uma estrutura altamente organizada de uma célula, que contém o material genético de um organismo.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
