Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que a empresa farmacêutica chinesa, Sinovac, irá usar 9 mil brasileiros como “cobaias” para testar uma vacina contra a Covid-19. Segundo o post, a vacina ainda não teria sido testada no país em que foi criada e os primeiros testes aconteceriam no Brasil.
Essa informação é falsa. Segundo o Instituto Butantan, que coordena os testes da vacina, conhecida como Coronavac, no Brasil, as pesquisas com a vacina iniciaram os testes em humanos com voluntários chineses. Após os resultados iniciais serem positivos, a vacina foi trazida para o Brasil. Além disso, o Instituto Butantan reafirma a segurança dos estudos e garante que a vacina será distribuída para a população brasileiras apenas após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As duas primeiras fases de testes clínicos da Coronavac foram realizadas na China e, apesar de os resultados ainda não terem sido publicados em revistas cientificas, muitos dados já estão disponíveis na plataforma de estudos pré-publicação MedRvix. Um estudo na China ainda permitiu que a vacina fosse aplicada em 50 mil pessoas no país, incluindo alguns funcionários da Sinovac.
No país apenas 5% dos voluntários apresentaram efeitos colaterais que, em quase todos os casos, se resumiram a foram dores no local de aplicação, febre baixa e fadiga. Em apenas 0,03% dos casos, efeitos adversos mais graves, como febre alta, foram registrados. Não existem registros de registro de mortes ou sequelas permanentes causadas pela vacina.
Além da Coronavac, outras vacinas estão sendo testadas no Brasil, que foi escolhido para os estudos em meados de junho, devido a curva de contágio ascendente. Na China, atualmente, o número diário de casos não passa de 100 desde o mês de julho.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
