Circula nas redes sociais um vídeo afirmando que o jornal norte-americano The Washington Post teria denunciado o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo a publicação, o jornal revelou que Dória, “denunciou”, supostamente, teria recebido propina da farmacêutica chinesa Sinovac, que desenvolve a Coronavac.
Essa informação é falsa. O jornal norte-americano The Washington Post realmente publicou uma reportagem sobre a farmacêutica Sinovac. Com o título “Ao que a China se aproxima de uma vacina contra o coronavírus, há uma nuvem de propina sobre a farmacêutica Sinovac”, a matéria fala sobre casos de suborno envolvendo a empresa. Porém, diferentemente da informação que circula nas redes sociais, o texto não afirma que o governador de São Paulo teria recebido propina.
No único momento em que o texto menciona João Doria, o assunto é a segurança da vacina. “A vacina da Sinovac, Coronavac, pode ser adotada em vários países em desenvolvimento. Autoridades no Brasil e na Indonésia — os países mais populosos da América Latina e do Sudeste Asiático — dizem que a Coronavac pode ser aprovada nas próximas semanas. No Brasil, o governador de São Paulo, João Doria, disse que [a Coronavac] é a vacina mais segura que o país testou”, diz o texto no quinto parágrafo.
A matéria ainda usa uma foto de Doria segurando uma caixa da vacina como ilustração. “O governador de São Paulo, João Doria, segura uma caixa da Coronavac, vacina em desenvolvimento da Sinovac, em coletiva de imprensa”, diz a legenda da foto.
No dia 11 de junho, João Doria anunciou em uma coletiva de imprensa que, em uma parceria com o instituto Butantan, a Sinovac iria testar sua vacina em desenvolvimento no Brasil. Desde então, muitos boatos têm circulado na internet alegando que a vacina seja ineficaz e, até mesmo, perigosa. Até o momento, todas essas informações foram desmentidas
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.