Corcula pelas redes sociais uma mensagem que diz que o ato de bochechar ou gargarejar enxaguante bucal protege a pessoa do coronavirus e ainda evita a transmissão se a pessoa estiver contaminada.
No entanto, as informação não são verdadeiras. A informaçãode que os enxaguantes podem matar o vírus na boca ou na garganta não tem embasamento científico. Não há qualquer evidência de que enxaguante previna contra coronavírus.
O fato de parte desses produtos conter álcool na fórmula pode gerar essa confusão. O infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, alerta: “Às vezes o que as pessoas pensam é que gargarejo pode prevenir infecção e a transmissão por conta da presença do álcool. Só que em quem já está doente, o vírus fica dentro da célula, se multiplica, invade outras células”, explica.
Tem quem ache também que beber bebida alcóolica adianta, mas não serve para nada. O contato com o álcool não traz qualquer tratamento. E para quem não está doente, passar produto alcoólico na boca ou beber também não previne em nada a infecção.
Enxaguante bucal não possui eficácia para reduzir o risco de adquirir a infecção, tampouco de evitar a transmissão, uma vez que a pessoa esteja infectada. As células que o vírus infectam estão nas vias aéreas inferiores e superiores. Os enxaguantes não possuem qualquer ação contra o vírus nas regiões onde ele está mais intensamente sendo liberado pelas células infectadas.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.