O ano de 2020 abrigou os 28 dias mais curtos desde 1960. O fenômeno não foi perceptível para nós, mas cálculos científicos mostram que a rotação da Terra esteve acelerada no ano passado e que, este ano, ela deverá ser ainda mais rápida.
O dia mais curto da história, desde que foram iniciadas as medições, há 50 anos, foi registrado em em 19 de julho de 2020. Neste dia, a Terra completou sua rotação 1,4602 milésimo de segundo mais rápido que os costumeiros 86.400 segundos.
De acordo com pesquisadores, a aceleração da rotação do planeta será ainda mais acentuada em 2021, já que os dias deste ano deverão ser, em média, 0,5 milissegundo mais curtos que o normal.
Em relação ao Sol, a Terra gira, em média, uma vez a cada 86.400 segundos, o que equivale a 24 horas, ou um dia solar médio. No entanto, os relógios de alta precisão mostram que a duração de um dia pode variar em milissegundos (1 milissegundo é igual a 0,001 segundo).
Essas diferenças são obtidas medindo a rotação do planeta em relação a objetos astronômicos distantes e usando uma fórmula matemática para calcular o dia solar médio.
O complexo movimento de seu núcleo derretido, dos oceanos, da atmosfera, além de outros efeitos gravitacionais são os fatores que fazem a velocidade de rotação da Terra variar constantemente.
Sendo assim, é previsto que 2021 seja o ano mais curto em décadas já que última vez em que um dia médio durou menos de 86.400 segundos em um ano inteiro foi em 1937.