Preso, Eike Batista é investigado por operar com bitcoins em nome da esposa

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O Ministério Público Federal investiga a atuação do empresário Eike Batista no mercado de bitcoins, como são chamadas as moedas digitais. A investigação começou nesta quinta-feira (8), durante a deflagração da Operação Segredo de Midas, que prendeu temporariamente o empresário.

Os procuradores encontraram na casa do empresário anotações fazendo referência ao comércio de bitcoins em nome de Flávia Sampaio, mulher de Eike. O manuscrito inclui login e senha de uma conta na Apple e na Bitcoin Trade, plataforma de transação das moedas digitais.

“Embora a esposa do investigado, sra. Flávia, não esteja sendo investigada, é bem possível, dado o indício de comércio de meio tão usual de lavagem de ativos, que o investigado esteja usando o nome e a conta da esposa para garantir a ocultação de valores produto ou proveito de crimes”, escreveu o Ministério Público Federal.

O juiz Marcelo Bretas autorizou o uso das senhas para acesso às informações.

Eike é suspeito de atuar num esquema de manipulação de mercado e lavagem de dinheiro. A operação é fruto da delação premiada do banqueiro Eduardo Plass, dono do TAG Bank, do Panamá.

O empresário chegou a ser considerado o sétimo homem mais rico do mundo pela revista Forbes. Em 2012, no auge da operação de seu grupo de empresas de petróleo, mineração e energia, Eike teve uma fortuna calculada em US$ 30 bilhões.

Ao ser preso em fevereiro , tornou-se o primeiro integrante da lista dos dez mais ricos da Forbes a ir para a prisão desde o traficante Pablo Escobar, em 1991.