O deputado estadual Cristiano Caporezzo, de Minas Gerais, apresentou o Projeto de Lei nº 3.757/2025, que propõe a proibição do atendimento a bebês reborn e outros objetos inanimados em unidades públicas de saúde. A motivação para o projeto veio após um caso em que uma mulher levou uma boneca reborn a um médico, alegando que o “bebê” estava com febre. Caso a proposta seja aprovada, instituições que descumprirem a norma poderão ser multadas em até 10 vezes o valor do serviço prestado. O montante arrecadado seria destinado ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.
Caporezzo justificou a medida afirmando que os “devaneios da sociedade contemporânea” colocam em risco a população mineira. Ele também mencionou episódios em que bonecas reborn foram motivo de disputas judiciais em casos de separação e herança.
Em paralelo, no estado do Rio de Janeiro, o deputado estadual Rodrigo Amorim apresentou o Projeto de Lei nº 5357/2025, com foco oposto: criar um programa de saúde mental voltado a pessoas que desenvolvem vínculos emocionais com bonecas reborn. A proposta carioca busca prevenir quadros de depressão e tentativas de suicídio, além de promover acolhimento e acompanhamento psicológico. O programa contaria com equipes multidisciplinares compostas por psicólogos, terapeutas e assistentes sociais.
O debate em torno das bonecas reborn, que imitam bebês reais com alto grau de realismo, tem ganhado espaço nas redes sociais e na mídia, levantando questões sobre saúde mental, uso terapêutico e os limites entre fantasia e realidade.