Uma das melhores universidades do país, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) corre o risco de fechar as portas no segundo semestre do ano. Sem recursos, o funcionamento da instituição ficará inviável a partir de julho. Em um artigo divulgado na última quinta-feira (6), a reitora, Denise Pires de Carvalho, e o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, declararam incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água.
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Os cortes de verba nas universidades acontecem desde 2013 e foram apontados como causa do problema. Segundo Denise Carvalho, o orçamento discricionário aprovado para a UFRJ pela Lei Orçamentária em 2021 é 38% do empenhado em 2012. O valor é o mesmo de 2008, apesar de o número de alunos matriculados ter dobrado.
“O governo optou pelos cortes e não pela preservação dessas instituições. A universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A universidade está sendo inviabilizada”, afirma o texto.
A UFRJ é referência em ciência no Brasil e na América Latina. Em seus laboratórios, vacinas com tecnologia nacional se encontram em testes pré-clínicos. A universidade ainda é vinculada ao Museu Nacional e atende mais de 100 leitos de enfermaria para tratamento de pacientes com Covid-19 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Nomes como Vinicius de Moraes e Oscar Niemeyer estão entre os ex-alunos notáveis da instituição, fundada em 1920. Atualmente, a UFRJ possui aproximadamente 65 mil estudantes.