A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas judiciais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está oficialmente foragida e na mira da Interpol. Seu nome foi incluído na difusão vermelha da organização, o que facilita sua prisão em qualquer país com acordo de extradição, como é o caso da Itália, onde ela se encontra atualmente.
Apesar de ainda não ter sido detida, as autoridades italianas já têm conhecimento de sua localização. No entanto, sua prisão imediata depende de trâmites jurídicos no Judiciário italiano, que ainda estão em curso. Enquanto isso, a Polícia Federal brasileira acompanha o caso de perto e aguarda os desdobramentos legais para que a extradição possa ser solicitada formalmente.
A situação ganhou novos contornos após o ministro Alexandre de Moraes decretar sua prisão há três dias. A pressão internacional aumentou, e o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, declarou em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, que Zambelli “poderia ser presa a qualquer momento”.
O caso de Zambelli tem gerado grande repercussão política e jurídica. Sua condenação se deu por crimes relacionados ao ataque a sistemas judiciais, o que o STF considerou uma grave ameaça ao Estado democrático de direito. A Câmara dos Deputados já deu início ao processo de cassação de seu mandato, encaminhando o caso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Além da condenação e do pedido de prisão, Zambelli também tem enfrentado dificuldades financeiras: ela chegou a pedir doações via Pix a seus seguidores para pagar multas que ultrapassam R$ 2 milhões. O cenário atual é de incerteza quanto ao futuro político e jurídico da parlamentar, que já teve seu advogado de defesa abandonando o caso após sua fuga do país.