O Brasil perdeu nesta quinta-feira (19/06) um de seus maiores ícones da dramaturgia: Francisco Cuoco faleceu aos 91 anos, após cerca de 20 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O ator estava sedado desde sua entrada na unidade hospitalar, e sua morte foi confirmada por familiares.
Segundo sua irmã, Grácia, com quem morava, Cuoco enfrentava complicações de saúde causadas pela idade avançada e agravadas por um ferimento que acabou infeccionando. Por respeito aos familiares, a internação foi mantida em sigilo até o falecimento.
Francisco Cuoco nasceu em 1933, no tradicional bairro do Brás, em São Paulo. Antes de brilhar nos palcos e nas telas, trabalhou como feirante ao lado do pai. Sua paixão pela arte o levou à Escola de Arte Dramática (EAD), ligada à Universidade de São Paulo (USP), nos anos 1950.
Sua estreia nos palcos aconteceu em 1958, ao lado de nomes lendários como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, na peça A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso, embora seu papel fosse sem falas. A partir daí, Cuoco construiu uma carreira sólida e marcante, tornando-se um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira.
Mesmo afastado da TV nos últimos anos, sua última aparição foi na novela Salve-se Quem Puder, em 2020, encerrando sua trajetória artística com a mesma dignidade e talento que o acompanharam por mais de seis décadas.
A morte de Cuoco representa não apenas o fim de uma era, mas também um momento de reflexão sobre o legado dos grandes artistas brasileiros. Seu carisma, talento e dedicação à arte continuarão vivos na memória do público e na história da teledramaturgia nacional.