Circula nas redes sociais a informação de que as máscaras de proteção vindas da China estejam contaminadas com coronavírus, o que seria uma tática, do então ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, para aumentar o número de casos de Covid-19 no país e derrubar o presidente Jair Bolsonaro. A informação, de teor altamente alarmista, é falsa.
“Se chegar pessoas na porta de vocês com máscaras que o posto de saúde, o governo municipal e estadual está mandando para que todo mundo use, não peguem essas máscaras que tá vindo pelos postos de saúde. Porque essas máscaras, foi comprovado agora, foi a maior descoberta, todas estão vindo contaminadas da China”, diz um dos áudios compartilhados pelo WhatsApp.
A informação falsa se refere às 240 milhões de máscaras compradas pelo Ministério da Saúde na China, um investimento de R$ 694,3 milhões, que serão destinadas ao profissionais da saúde como parte de um lote de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – ao contrario do que circula nas redes sociais, esses equipamentos não serão distribuídos para a população em geral. Governos estaduais também adquiriram equipamentos para médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde.
Segundo as postagens, as máscaras devem ser evitadas e, se usadas, precisam ser lavadas com água sanitária. Especialistas afirmam que a higienização não é necessária e o risco de contaminação não existe, uma vez que, mesmo que as máscaras estivessem contaminadas com o vírus, ele não sobreviveria ao tempo de transporte do material entre a China e o Brasil. Além disso, o material é vistoriado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na entrada do país e, caso ocorresse contaminação, as máscaras seriam recusadas.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.
