É falso que Alexandre de Moraes proibiu o uso da hashtag #forastf

94

Circula nas redes sociais um post afirmando que o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria proibido o uso da hashtag “#forastf” no país. O post ainda ironiza a suposta atitude de Moraes, o colocando como um rei, em uma imagem manipulada, e dizendo que o Brasil seria o reino do ministro.

“Novo decreto do Rei. A partir de hoje é proibido postar #forastf no reino do Brasil” – Imagem publicada no Facebook. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. O STF autorizou no último ano a abertura de dois inquéritos que investigam possíveis ataques contra a corte, porém, em nenhuma das decisões do “inquérito das fake news” ou do “inquérito das manifestações antidemocráticas”, foi mencionada a proibição da hashtag #foraSTF. Esta hashtag foi, na verdade, mencionada como um método para identificar o que o Supremo caracteriza como “associação criminosa” dedicada a disseminar notícias falsas.

Ambas apurações têm como relator o ministro Alexandre de Moraes que vem sendo alvo de muitas fake news. O “inquérito das fake news foi aberto em março de 2019 pelo presidente do STF, Dias Toffoli e o objetivo da investigação seria de identificar e coibir a disseminação de notícias falsas, assim como ameaças aos membros da corte.

O inquérito que apura as manifestações antidemocráticas foi sugerido por Augusto Aras, atual procurador-geral da República, e autorizado por Alexandre de Moraes em abril de 2020. Motivado por protestos que pediam a volta da ditadura militar e o fechamento do STF, por exemplo, Aras definiu que tais manifestações seriam violações à Lei de Segurança Nacional.

Em ambos inquéritos muitos blogueiros foram investigados, resultando inclusive na prisão da militante bolsonarista, Sara Winter, no mês passado. Porém, ao contrário do que circula nas redes sociais, não houve nenhuma proibição do uso da hashtag mencionada que, supostamente, passaria a valer a partir do dia 03 de maio de 2020.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.