Governador do RS desmente que tenha usado hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina para tratar Covid-19

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Circula nas redes sociais um post afirmando que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teria usado os medicamentos hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina em seu tratamento contra a Covid-19. O governador anunciou que testou positivo para a doença no dia 24 de julho.

“Adivinhem com quais remédios ele [Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul] será tratado??? Exatamente: com Hidroxicloroquina, Azitromicina e Ivermectina, os mesmos que ele rejeita para a população” – Texto em imagem publicada no Facebook. (Fonte: Reprodução/Facebook)
Essa informação é falsa. A assessoria de imprensa do governador informou à Agência Lupa que Eduardo Leite não está fazendo uso de hidroxicloroquina, azitromicina ou ivermectina para tratar sua infecção pelo novo coronavírus. “Até o momento, o governador tomou apenas remédios para aliviar sintomas leves, como dores de cabeça”, afirmou a assessoria.

Eduardo Leite afirmou no dia 24 de julho, por maio de sua conta oficial do Twitter, que foi diagnosticado com Covid-19. O governador disse, em um primeiro momento, que não teve sintomas da doença. Porém, três dias mais tarde, ele voltou a postar sobre o assunto e, na última segunda-feira (27), contou ter desenvolvido sintomas leves. Também em sua conta no Twitter, ele contou que estava com dor de cabeça e muito cansaço e afirmou que estaria tomando “analgésicos comuns” para aliviar os sintomas.

Também é falsa a informação de que o uso de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina foi proibido no Rio Grande do Sul. O estado, inclusive, chegou a distribuir lotes de cloroquina para 29 hospitais, que dividiram cerca de 25 mil comprimidos com instituições de Saúde do estado. Em relação a ivermectina e a azitromicina, uma reportagem da Zero Hora afirma que os prefeitos do Rio Grande do Sul estejam distribuindo os medicamentos para a população.

Apesar do uso dos medicamentos não ter sido proibido, é importante ressaltar que não existe nenhuma prova clínica de que qualquer um dos três seja eficaz para combater a Covid-19. Além de não serem eficazes, o uso desses medicamentos sem recomendação médica ainda podem causar efeitos colaterais.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.