É falso que obras de arte tenham sido produzidas para receber “comitiva chinesa”

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Circula nas redes sociais uma publicação sobre a instalação de cobras infláveis no viaduto Santa Tereza, em Belo Horizonte (MG). Segundo a postagem, a obra teria sido utilizada como forma de enfeitar as ruas da cidade para receber uma suposta “comitiva chinesa”.

“Este é o Viaduto Santa Teresa em BH. A cultura chinesa já chegou em BH? Explico: O dinheiro para o #ForaKalil manter tudo fechado e quebrar empresas chegou antes. Daqui uns poucos dias chegarão ao Brasil cerca de 800 chineses para comprarem empresas quebradas a preço de banana. Negócio da China não? Kallil já está enfeitando as ruas da cidade para a comitiva passear e se sentir em casa. Mas, cá entre nós, que símbolo representa melhor a TRAIÇÃO em nossa cultura do que um cobra, não é?” – Texto e imagem que circulam nas redes sociais. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. Não é verdade que a instalação artística tenha qualquer relação com a China. A obra, do artista plástico Jaider Esmel, é denominada “Entidades”e faz parte da programação da da 5ª edição do festival Circuito Urbano de Artes (Cura). Diferentemente da informação que circula nas redes sociais, as cobras foram inspiradas na arte indígena.

Segundo a prefeitura de Belo Horizonte, o projeto foi aprovado na Política de Fomento à Cultura Municipal e a intervenção “Entidades” foi autorizada pelo Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

“Convidamos o Jaider, que é considerado um dos maiores nomes da arte contemporânea indígena, para criar uma obra inflável nos arcos do viaduto Santa Tereza, que é um ícone arquitetônico de Belo Horizonte”, afirmou uma das idealizadores do projeto. Além disso, a organização afirma que “O projeto foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com captação pelo Instituto Unimed, pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com captação pela Ambev (Beck’s Brasil), e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com captação pela Uber e a Cemig”.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.