É falso que justificativas dos eleitores podem ser transformadas em votos válidos

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Circula no Twitter uma publicação afirmando que autoridades poderiam fraudar as eleições brasileiras. Segundo a publicação, justificativas dos eleitores ausentes dos seus domicílios eleitorais poderiam ser transformados em votos válidos por meio de uma invasão de hackers.

“URGENTE: A invasão hacker do TSE revela a fraude nas urnas com a chancela da justiça eleitoral. A @crisbrasilreal descobriu que os votos válidos e os de quem justifica estão em banco de dados diferentes. Eles podem descarregar os votos de quem vai justificar na esquerda. ASCOM OE.” – Texto que circula no Twitter. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. Não é verdade que dados de eleitores que tenham justificado a ausência possam ser utilizados em dados válidos. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os votos são gravados na urna eletrônica de forma separada dos arquivos de justificativa. Dessa forma, não existe a possibilidade de que as informações se misturem. Posteriormente, todos esses dados são adicionados ao Cadastro Nacional de Eleitores – impossibilitando que uma mesma pessoa justifique sua ausência e tenha seu voto computado.

O boato circulou nas redes sociais após publicações feitas pelo jornalista Oswaldo Eustáquio e pela ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), que ainda relacionaram a informação enganosa com notícias, também com informações falsas, alegando que um ataque de hackers teria acessado dados administrativos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No último domingo (15), eleitores que não estivessem em seu local de votação poderiam justificar a ausência pelo aplicativo e-Título, ou pelo formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE). Quem não justificou a ausência no dia da eleição, tem um prazo de até 60 dias após cada turno de votação, para  entregar o RJE presencialmente em uma zona eleitoral ou pelo Sistema Justifica, que permite o preenchimento do formulário pela internet.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.