Circula na web o boato de que a atriz Camila Pitanga, conhecida por ter protagonizado diversas novelas na TV Globo, teria idealizado uma abaixo-assinado a favor da criação de um auxílio emergencial voltado para a classe artística.
Segundo a publicação falsa, que foi compartilhada em diversos grupos de WhatsApp e outras redes sociais, a atriz teria assinado o documento em prol da criação de um auxilio – similar ao que foi criado para ajudar as pessoas que foram afetadas financeiramente pela pandemia de forma grave – de 5 mil reais voltado para os artistas.
A publicação que envolve a atriz aponta que Camila teria feito a solicitação para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “@CamilaPitanga Atriz (Rede Globo) faz abaixo assinado (sic) pedindo que o presidente JMB pague um auxílio emergencial para a classe artística no valor de R$ 5 mil mensais”, diz a publicação.
Embora a publicação tenha tomado diversas redes sociais, a informação não é verídica. Após a repercussão da notícia falsa, a agência Lupa entrou em contato com a assessoria de imprensa da atriz, que negou as informações, pontuando que Camila não criou nenhuma petição endereçada a Jair Bolsonaro.
Ao pesquisar por um abaixo assinado deste teor, não constatou-se nenhum tipo de documentação que estivesse aberta ao público para que fosse solicitado algum auxílio voltado para artistas.
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Até hoje, Camila e outras 50 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado virtual pedindo pela aprovação da lei (PL) 1075/2020, que prevê o pagamento de auxílio financeiro para trabalhadores informais do setor da Cultura no valor de R$ 600. No abaixo assinado, salienta-se que a solicitação se dá pois a classe artística foi uma das mais afetadas durante a pandemia, já que até o momento o setor não voltou completamente, enquanto outros já estão ativos desde agosto deste ano.
Neste projeto em específico, que posteriormente foi batizado de Lei Aldir Blanc, não é citado qualquer auxílio de 5 mil reais. A proposta foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro.
A assessoria de Camila ainda pontuou que embora ela tenha apoiado o projeto, ele não foi redigido ou formulado por ela.
O nome da atriz já foi envolvido em algumas notícias falsas, inclusive, durante a pandemia do novo coronavírus, quando a atriz e sua filha contraíram malária e associaram a doença ao fato dela ter tomado cloroquina – remédio usado para a cura de tal doença. Logo após a divulgação da notícia, diversos rumores envolvendo o nome de Camila e de Jair Bolsonaro, que defendeu o uso do remédio ao longo da pandemia, circularam pela web.
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Conteúdo de fact-checking do PaiPee.