2 de dezembro: Como surgiu o Dia Nacional do Samba

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O ritmo que saiu dos morros e periferias e embala o país há anos, tem seu dia nacional nesta quarta-feira, 2 de dezembro. O brasileiro tem no samba a representação de suas raízes e o gênero identitário do povo. Mas, como surgiu essa data?

Entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962 foi realizado no Palácio Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, o Primeiro Congresso Nacional do Samba, evento patrocinado pela Confederação Brasileira das Escolas de Samba (CBES), pela Associação Brasileira das Escolas de Samba (ABES), pela Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, pelo Conselho Nacional de Cultura e pela Ordem dos Músicos do Brasil.

Na Presidência do Congresso estava o folclorista Edison Carneiro, responsável pela redação da Carta do Samba, a qual menciona que “Foi sancionada lei estadual declarando o dia 2 de dezembro Dia do Samba”.

Paralelamente, o vereador soteropolitano Luiz Monteiro da Costa, apresentou na Câmara Municipal de Salvador, em 3 de outubro de 1963, o projeto de lei n° 164/63, que “institui o Dia do Samba, manda preservar as características da música popular e dá outras providências”. Em seu projeto, o vereador menciona explicitamente, em seu artigo 2°, a Carta do Samba.

Menciona também que as comemorações do Dia do Samba em Salvador naquele ano de 1963 seriam em homenagem ao compositor Ary Barroso “após a entrega do título de ‘Cidadão da Cidade de Salvador’ que lhe concedeu a Câmara Municipal de Vereadores da Cidade de Salvador”.

A partir de 1963, o Dia do Samba passou a ser comemorado em algumas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Santos. Com o passar do tempo, essas comemorações alcançaram abrangência nacional, com a realização de rodas de samba, shows e outras solenidades.