Covid-19: relembre alguns dos boatos sobre as vacinas

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O final de 2020 carrega uma dose extra de esperança no futuro para os países que já iniciaram a vacinação contra a Covid-19. Com o número de pessoas vacinadas aumentando e o número de efeitos colaterais baixo, existe muito otimismo de que o próximo ano possa, de fato, deixar a pandemia para trás.

Porém, apesar de os resultados serem animadores, até o momento, muitas pessoas ainda desacreditam da eficácia das imunizações e continuam a compartilhar boatos sobre o assunto. Confira algumas das informações falsas que mais circularam durante o ano:

  1. Vacinas da Covid-19 alteram o DNA.

Durante o ano, o boato de que as vacinas seriam capazes de alterar DNA, ou o material genético das pessoas, ficou muito popular. Apesar de ter sido muito compartilhada, essa informação é falsa. Alguns laboratórios estão desenvolvendo imunizantes que usam plataforma de DNA ou de RNA, porém isso não significa que essa técnica interfira no código genético humano. A função do DNA nesse caso é de possibilitar a produção da proteína que vai eliminar o vírus do organismo, e então, ser rapidamente degradado

  1. Vacinas injeta nanorrobôs para roubar dados biométricos

Diferente do que afirma a publicação que circulou nas redes sociais, vacinas criadas com a tecnologia sobre plataformas de DNA não alteram o código genético de células humanas. Também não é verdade que existem imunizantes com nanorrobôs, seja entre as imunizações que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19, ou mesmo em vacinas que já estão em uso para outras doenças.

  1. Vacinas contêm microchip que permite controle externo a partir de antenas 5G.

A tecnologia 5G também esteve no centro de teorias falsas sobre a pandemia. Da mesma forma que é impossível que microrrobô seja introduzido em uma vacina, o mesmo raciocínio vale para o microchip. Embora essa tecnologia seja usada em animais domésticos, por exemplo, é improvável que o microchip seja aplicado por uma vacina sem que a pessoa perceba.

  1. Vacinas podem causar câncer e infertilidade.

Tais afirmações também são falsas. O boato surgiu a respeito do uso da proteína spike, utilizada em algumas versões do imunizante. Até o momento, não existem evidências científicas comprovando que a vacina contra a Covid-19 possa causar infertilidade feminina. A estrutura spike, mencionada no texto que circula nas redes sociais, está presente no coronavírus e é usada como base em alguns tipos de vacina contra a Covid-19.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.