O ex-presidente Lula concedeu entrevista ao UOL na última quinta-feira (18). Questionado sobre uma possível candidatura às eleições presidenciais em 2022, Lula afirmou que, se elegível, aceita ser candidato para derrotar o bolsonarismo caso necessário.
“Vai depender do PT, vai depender das candidaturas dentro do PT… Eu já fui presidente da República, não preciso ser de novo. Para que eu seja, é preciso que haja uma razão maior. Se for necessário para derrotar o tal do bolsonarismo, não tenha dúvida nenhuma que eu me colocarei à disposição”, disse Lula. Ele ainda completou: “Vamos discutir o Brasil e depois a gente discute candidatura”.
O ex-presidente também afirmou que acredita em Fernando Haddad (PT) e o considera altamente qualificado para disputar as eleições presidenciais. Para ele, o PT precisa ter um candidato no 1º turno e a esquerda deve se unir no 2º. “A melhor prévia que tem é a disputa no 1º turno. Todo mundo que puder lança candidato, com o compromisso de que no 2º turno todo mundo se junta”, explicou.
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Sobre a união dos candidatos de esquerda, Lula criticou Ciro Gomes (PDT), que deixou o Brasil após perder as eleições em 2018: “Não pode depois um inventar de ir pra Paris, outro pra Suécia, Nova Iorque… Nós temos que fazer um pacto no 1º turno”. O petista disse não enxergar um cenário em que dois candidatos de direita disputem juntos o 2º turno.
Lula ainda chamou Bolsonaro de genocida por seu descaso com a pandemia. Mesmo assim, ele considera o atual presidente um candidato forte: “Quem está no poder sempre será um candidato forte à sua reeleição”, finalizou.