Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (6), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou a redução da previsão de importação do novo lote de matéria-prima da farmacêutica chinesa Sinovac, necessário para a produção da CoronaVac. Covas atribui o problema à “falta de alinhamento político” do governo federal.
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O presidente do Butantan apontou os ataques de Bolsonaro à China como causa do atraso na entrega de insumos para a vacinação no Brasil. Na última quarta-feira (5), Jair Bolsonaro insinuou que o coronavírus teria sido criado em laboratório pelo país asiático como parte de uma guerra química.
“Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país registrou o maior crescimento do PIB? Não vou contar para vocês”, disse Bolsonaro, que mais tarde negou estar se referindo à China.
O presidente da República não é o primeiro do governo a fazer declarações como essa. Durante a reunião do Conselho de Saúde Suplementar, no dia 27 de março, o ministro da Economia acusou a China de ter “inventado o coronavírus”, além de questionar a eficácia da vacina chinesa em comparação à norte-americana da Pfizer.