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Quais as chances de testar positivo para Covid-19 após tomar as duas doses da vacina?

Estudos demonstraram que as vacinas são altamente eficazes , mas houve relatos de que uma pequena porcentagem de pessoas totalmente vacinadas ainda irá contrair Covid. (Foto: Divulgação)

O secretário de saúde da Inglaterra, Sajid Javid, anunciou no último sábado (17) que havia contraído a Covid-19 , apesar de ter recebido as duas doses da vacina. Javid disse que seus sintomas são “leves”, mas ele se sente “grogue” em um vídeo anunciando que se isolaria.

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Aqui no Brasil, Ana Maria Braga, o governador de São Paulo João Dória e muitos outros cidadãos já completamente imunizados com duas doses da vacina contra Covid-19, também contraíram o vírus.

Então, a pergunta que fica é, qual a probabilidade de alguém que recebeu as duas doses da vacina ser infectado com o coronavírus?

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Estudos demonstraram que as vacinas são altamente eficazes, mas houve relatos de que uma pequena porcentagem de pessoas totalmente vacinadas ainda poderá contrai o Covid. Estes são chamados de “casos de descoberta de vacinas”.

Mas os dados mostram que é muito menos provável que fiquem tão doentes e que necessitem de tratamento hospitalar ou morram.

Normalmente leva-se duas semanas para o corpo aumentar a proteção, e esta é a razão pela qual um mínimo de duas semanas deve se passar após a segunda injeção ser administrada antes que possa considerar que o individuo esta completamente imunizado pela vacina

Um relatório da Public Health England (PHE) publicado na última quinta-feira (15) afirma que as chances de doença sintomática e transmissão do vírus para outras pessoas são drasticamente reduzidas após receber as duas injecções – mas a infecção ainda é possível.

Pessoas não infectadas não podem transmitir o vírus, então as taxas de transmissão são reduzidas, desde que as taxas de infecção sejam reduzidas. No entanto, o vírus pode ser transmitido se a pessoa infectada estiver infectada, mas assintomática.

Duas doses de vacinas são entre 50 a 90 por cento eficazes contra a infecção, dependendo do tipo de vacina administrada, de acordo com o relatório.

Duas aplicações da vacina Pfizer reduzem a doença sintomática em 85 a 95 por cento, a hospitalização em 90 a 99 por cento, a morte em 95 a 99 por cento e a infecção em 70 a 90 por cento.

Já os estudos de Israel, divulgados na última semana, apresentam um resultado menor para a eficácia das vacinas contra a variante Delta, que já se encontra em solo brasileiro, com transmissão comunitária e já é a variante dominate no mundo.

A vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 é ‘mais fraca’ contra a variante indiana ‘Delta’ do que as autoridades de saúde esperavam, afirma um novo relatório de Israel.

Na sexta-feira (16), o primeiro-ministro Naftali Bennett manteve uma discussão sobre o coronavírus com seu gabinete no Kirya, em Tel Aviv.

Israel já liderou o mundo inteiro na corrida da vacina, vacinando 61% de sua população com a vacina Pfizer-BioNTech – mas agora está lidando com um aumento repentino de casos.

Na quinta-feira (15), a taxa de positividade do teste foi de 1,52%, o maior número desde março.

Desde 6 de junho, a vacina fornece 64% de proteção contra a infecção da variante Delta, de acordo com o governo israelense

“No momento, está se espalhando a ideia de que a capacidade protetora das vacinas existentes contra a mutação Delta é mais fraca do que esperávamos”, disse Bennett.

‘Não sabemos exatamente em que grau a vacina ajuda, mas é significativamente menos. Todos nós esperamos ver uma desaceleração, mas os fatos no momento são que não há desaceleração, nem aqui e nem no mundo.’

A variante Delta foi rotulada como um ‘mutante duplo’ pelo Ministério da Saúde da Índia porque carrega duas mutações: L452R e E484Q.

L452R é a mesma mutação observada com a variante desenvolvida na Califórnia e E484Q é semelhante à mutação observada nas variantes brasileira e sul-africana.

Ambas as mutações ocorrem em partes-chave do vírus que permitem que ele entre e infecte células humanas.

Bennett também abordou as crises no Reino Unido e nos Estados Unidos, ambos usando a vacina Pfizer e contaminados com a variante Delta.

Na quinta-feira (15), os EUA registraram 28.412 novos casos com uma média de sete dias de 26.079, um aumento de 135 por cento em relação à média de 11.067 registrada há duas semanas.

Quase todos os estados e o distrito de Columbia viram as infecções aumentarem na semana passada, de acordo com uma análise do dos dados da Johns Hopkins.

No relátorio divulgado pelo Ministerio da Saúde neste domingo (18), o Brasil já contabiliza 97 casos de infecções pela variante Delta.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.