No dia mundial do Vitiligo, Natália Deodato fala sobre desafios de se aceitar: “Tentei suicídios”

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No Dia Mundial do Vitiligo, comemorado em 25 de junho, Natália Deodato, influenciadora digital e ex-participante do Big Brother Brasil, compartilha sua experiência pessoal. Em entrevista ao Gshow, ela destaca a importância da representatividade e da empatia na sociedade.

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Natália, que foi diagnosticada com vitiligo aos 9 anos, relembra os desafios que enfrentou durante sua infância e adolescência: “Aos meus 9 anos, o processo de adaptação foi péssimo, tive depressão, tentei inclusive suicídios por não aceitar minha condição. Mas após 2 anos desse processo, comecei a entrar na autoaceitação e tudo ficou mais simples. Hoje, me amo como sou e não me vejo sem minhas manchinhas”.

Ela também aborda o preconceito que ainda existe em relação ao vitiligo e como a combinação de ser uma mulher preta intensifica essas dificuldades: “O preconceito, ser uma mulher preta já não é fácil, então todo santo dia é uma barreira a ser quebrada”. Natália relembra um episódio doloroso após se tornar uma figura pública: “Fui brincar com uma criança, e a mãe puxou a criança dizendo que ela não poderia me abraçar, caso contrário pegaria minhas manchinhas”.

A influenciadora destaca a importância da representatividade para aqueles que sofrem com vitiligo. “Eles me representam, se todo dia eu acordo e não desisto é por cada um deles. A representatividade é fundamental, mas sabemos bem que na prática não funciona como na teoria. Infelizmente, temos uma lacuna em nossas TVs e mídias, campanhas publicitárias e principalmente em espaços de visibilidade de pessoas que representam hoje grande parte da população”, afirma.

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Apesar dos desafios, Natália mantém uma visão positiva e esperançosa para o futuro: “O dia 25 de junho representa pra mim esperança de um dia ter pessoas tão bem informadas e conscientizadas que praticam a empatia de forma clara”.

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