No último fim de semana, duas explosões em pontes ferroviárias nas regiões de Bryansk e Kursk, na Rússia, deixaram sete mortos e 113 feridos, incluindo crianças. Os ataques ocorreram com poucas horas de diferença e atingiram trens de passageiros em movimento, um deles com quase 400 pessoas a bordo, a caminho de Moscou. As estruturas colapsaram parcialmente, provocando o descarrilamento dos vagões e pânico entre os passageiros.
As autoridades russas acusam a Ucrânia de estar por trás dos ataques, classificando-os como atos de terrorismo direcionados a civis. Além desses incidentes, a estratégica ponte da Crimeia — que conecta a Rússia à península anexada em 2014 — também foi alvo de explosões, que danificaram seus pilares e obrigaram o fechamento temporário da via. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) confirmou o uso de explosivos potentes na operação.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu as ações em território russo como parte de uma estratégia para pressionar Moscou a pôr fim à guerra. Apesar da escalada dos ataques, as negociações de paz continuam travadas. Uma nova rodada de conversas ocorreu em Istambul, na Turquia, mas não houve progresso significativo, segundo o governo russo.
Zelensky propôs uma reunião direta com Vladimir Putin e Donald Trump, também em território turco, como uma tentativa de destravar o impasse diplomático. Para o líder ucraniano, a presença dos três chefes de Estado seria crucial para avançar nas conversas de cessar-fogo.
Os ataques aumentam ainda mais a tensão entre os países e levantam preocupações sobre a segurança de infraestruturas civis em zonas de conflito. Enquanto isso, o mundo observa com apreensão os desdobramentos dessa guerra cada vez mais imprevisível.