
Plenário do Senado Federal durante sessão. (Foto: Instagram)
O Senado Federal pagou, na última segunda-feira (29/12), R$ 46 milhões em remuneração extra a cerca de 800 servidores da Casa. Informações do Sindicato dos Servidores Legislativos (Sindilegis) apontam que, nos últimos dias de 2025, alguns profissionais receberam até R$ 300 mil além do salário.
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O chamado “vale champagne” é um benefício que havia sido barrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e foi restabelecido depois que senadores derrubaram o veto presidencial.
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O cálculo dos R$ 46 milhões leva em conta honorários advocatícios pagos a um escritório contratado para atuar na derrubada do veto, totalizando cerca de R$ 4,6 milhões, segundo o Portal da Transparência.
Formalmente identificada como Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI), essa parcela extra serve para manter benefícios que haviam sido retirados da carreira.
Em 2021, o TCU considerou irregular a acumulação de VPNIs no Senado. Apesar disso, um projeto de lei foi aprovado pelo Congresso para regularizar o modelo, mas o trecho sobre o acúmulo foi vetado.
A Coluna teve acesso a documento que mostra que o sindicato contratou advogados com remuneração fixada em 10% do total arrecadado em VPNIs. Esse valor integra o montante das remunerações extras, cujo detalhamento não foi divulgado oficialmente pela Casa. Em nota ao Metrópoles, a assessoria do Senado explicou que os pagamentos se deram em razão da derrubada do veto presidencial e variam conforme a situação funcional de cada servidor.

