Cansaço constante pode ser mais do que apenas estresse ou falta de sono. (Foto: Instagram)
Sensação de cansaço constante é frequentemente atribuída a fatores como estresse, excesso de trabalho ou noites mal dormidas. No entanto, médicos alertam que essa fadiga persistente, especialmente quando não melhora com o descanso, pode ser um sinal de algo mais sério e merece atenção.
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O urologista Mark Laniardo destaca que alterações nos níveis de energia ao longo do dia podem indicar problemas de saúde. De acordo com ele, cerca de dois terços dos pacientes com câncer relatam fadiga intensa como um dos primeiros sintomas. Esse sinal, porém, muitas vezes é ignorado ou atribuído a causas mais comuns.
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No caso dos homens, essa exaustão pode estar relacionada ao câncer de próstata, um dos tipos mais perigosos para eles. Apesar de ser uma das principais causas de morte masculina, a taxa de sobrevivência chega a quase 100% em dez anos quando o diagnóstico é feito precocemente, o que reforça a importância de exames regulares.
Projeções do Cancer Research UK indicam que as mortes por câncer de próstata podem aumentar cerca de 30% nos próximos anos, devido ao crescimento populacional e à menor velocidade de redução da mortalidade em comparação com outros tipos de câncer.
Segundo Dr. Laniardo, o câncer de próstata se desenvolve quando células da glândula passam a se multiplicar descontroladamente. Alguns tumores crescem lentamente e não causam danos imediatos, enquanto outros são agressivos e se espalham rapidamente. Por isso, o conhecimento sobre a doença e a busca por avaliação médica são fundamentais.
Organizações de apoio relatam que a fadiga intensa é comum entre homens diagnosticados com esse tipo de câncer. Esse cansaço pode afetar a concentração, causar insônia e dificultar atividades simples. No entanto, sentir-se cansado ocasionalmente não significa necessariamente a presença da doença — o alerta surge quando o repouso não traz alívio.
Outros sintomas que podem surgir com a progressão do câncer incluem aumento da frequência urinária, dor nas costas, fraqueza nas pernas, disfunção erétil e presença de sangue na urina ou sêmen. Esses sinais também podem estar associados a outras condições, o que torna a avaliação médica essencial.
Por fim, o especialista esclarece que o exame de toque retal não é obrigatório em todos os casos. Embora possa ser parte da avaliação, especialmente em estágios mais avançados, ele nem sempre é necessário. A detecção precoce continua sendo a melhor forma de garantir um prognóstico positivo.
