A psicologia criminal frequentemente busca identificar sinais sutis que revelam traços de personalidade marcantes, como o narcisismo. A psicóloga criminal Julia Shaw, especialista em memória falsa e técnicas investigativas, destacou recentemente um comportamento específico que pode indicar tendências narcisistas. Segundo ela, um simples detalhe pode ser suficiente para levantar suspeitas sobre esse tipo de personalidade.
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Ao longo de sua trajetória, Shaw examinou casos de comportamentos extremos, motivada pelo interesse em compreender os aspectos mais obscuros da mente humana. Com base em suas análises, ela observou padrões recorrentes entre indivíduos com traços narcisistas, como a necessidade constante de validação e uma visão inflada de si mesmos.
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Shaw explicou que muitos narcisistas não apenas reconhecem suas características, como também as expressam com orgulho. Em uma entrevista no programa Honesty Box, ela contou que, ao serem questionadas diretamente se são narcisistas, essas pessoas costumam responder afirmativamente com confiança, dizendo frases como: “Sim, mas sou melhor que a maioria das pessoas”. Para ela, essa resposta já serve como um forte indicativo.
Essa observação deu origem ao conceito da “escala de narcisismo de item único”, que consiste em uma pergunta direta: “Você é narcisista?”. Pesquisadores, segundo Shaw, começaram com questionários extensos, mas perceberam que essa única pergunta poderia ser igualmente eficaz na identificação do traço.
Apesar da eficácia dessa abordagem, a psicóloga alerta para o uso indiscriminado de termos clínicos no cotidiano. Ela critica a banalização da palavra “narcisista”, que passou a ser usada para descrever qualquer comportamento indesejado, o que pode distorcer o entendimento real do transtorno.
Shaw enfatiza que esse uso inadequado pode prejudicar análises sérias, especialmente em contextos criminais ou diagnósticos profissionais. Ela defende que expressões psicológicas sejam utilizadas com responsabilidade, para evitar interpretações equivocadas e preservar a precisão dos conceitos na área da saúde mental.

