O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), comentou nesta terça-feira (22) que a transição para a sua gestão na cidade seguirá “da mesma forma”, ao saber sobre a prisão do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) hoje, a nove dias de encerrar seu mandado.
“Conversei nessa manhã com o presidente da Câmara de Vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado”, escreveu Paes em uma rede social.
Jorge Felippe (DEM) é presidente da Câmara de Vereadores e vai assumir a presidência enquanto Crivella estiver preso. Fernando Mac Dowell, vice do prefeito, morreu em 2018 vítima de um infarto.
Conversei nessa manhã com o presidente da câmara de vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado.
— Eduardo Paes (@eduardopaes_) December 22, 2020
Paes fez ainda um apelo aos servidores da saúde solicitando que sigam seu trabalho. “Peço especialmente aos servidores da nossa rede de saúde: Passamos por uma pandemia – além das dificuldades já conhecidas – e a população precisa do nosso esforço”.
Por ironia do destino, durante a campanha eleitoral para a prefeitura do Rio, Crivella chegou a declarar em um debate que Paes seria preso e citou o empresário Rafael Alves, preso hoje.
“Eduardo Paes vai ser preso, e digo isso com o coração partido. E vai porque cometeu os mesmos erros de Cabral e Pezão. Ele vai ser preso”, disse Crivella durante o debate. “Vocês vão perceber o desespero do candidato. Ele vai usar esse tom a noite inteira e eu quero tratar de propostas para a cidade. E ele morre de medo de ser preso quando aquele Rafael Alves, do QG da Propina, começar a falar”, completou ele.
Eduardo Paes foi eleito com 64,07% dos votos válidos (1.629.319 votos), contra 35,89% de Crivella (913.700), uma diferença superior a 715 mil votos.