Em 1977, o artista indiano Pradyumna Kumar Mahanandia percorreu cerca de 5.500 quilômetros de bicicleta, saindo da Índia rumo à Suécia, para reencontrar sua esposa, a sueca Charlotte Von Schedvin. A jornada, que durou mais de quatro meses, foi motivada por amor e superada com ajuda de sua arte. Ele desenhava retratos em troca de comida, abrigo e recursos durante o trajeto.
A história começou em dezembro de 1975, em Nova Déli, quando Mahanandia conheceu Charlotte, uma turista sueca, que o abordou para que fizesse seu retrato. O primeiro desenho não agradou e ela voltou no dia seguinte. O reencontro reacendeu na memória do artista uma antiga previsão feita por sua mãe: ele se casaria com uma mulher do signo de Touro, vinda de uma terra distante, musical e com florestas.
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“Foi amor à primeira vista”, relembrou Mahanandia. Ao descobrir que Charlotte era taurina, sueca e apaixonada por música, ele acreditou que o destino se concretizava.
Após passarem alguns dias juntos, Charlotte aceitou viajar com ele até Orissa, sua terra natal. Lá, os dois visitaram o templo de Konark, Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco. Com o apoio da família de Mahanandia, eles se casaram em uma cerimônia tribal.
Charlotte precisou voltar à Suécia, mas prometeu que eles se encontrariam novamente. Sem condições financeiras para viajar de avião, Mahanandia decidiu vender todos os seus pertences e comprar uma bicicleta. Partiu em 22 de janeiro de 1977, cruzando países como Afeganistão, Irã, Turquia, Iugoslávia, Áustria e Alemanha. Ele relatou que o Afeganistão era, na época, um lugar pacífico. Já no Irã, enfrentou dificuldades com o idioma.
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“A arte me salvou. O amor é uma língua universal e as pessoas entendem isso”, declarou em entrevista à BBC.
Ao chegar à Europa, seguiu de trem de Viena até Gotemburgo, na Suécia, onde reencontrou Charlotte. Mais tarde, os dois oficializaram o casamento no país europeu, enfrentando também o desafio de conquistar a família dela.
Atualmente, vivem juntos com os dois filhos na Suécia. “Ainda sou apaixonado como era em 1975”, afirmou o artista, que segue trabalhando com arte.
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