Última reunião de 2018: Copom decidirá manter Selic em 6,5% ao ano

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central realizou a primeira etapa de sua última reunião de 2018, nesta terça-feira (11).

Caso a decisão dos economistas responsáveis seja de realmente manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano a partir de 2019 na economia brasileira, esta será a sexta vez consecutiva que o comitê resolve manter a Selic. A decisão somente será divulgada após o segundo dia de reunião, que acontecerá nesta quarta-feira (12), às 18h20.

Câmbio e inflação

As expectativas para a inflação ainda são baixas por conta do desempenho fraco da atividade econômica, somados ao fato que o dólar não está baixo o suficiente para justificar a manutenção da taxa em 1 patamar estimulativo.

De acordo com os analistas de mercado, consultados pelo BC no Boletim Focus, eles esperam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, termine este ano em 3,71%. O que significa que a taxa ficará abaixo da meta, que é de 4,5% com 1,5 de tolerância para baixo (3%) ou para cima (6%).

Para o ano 2019, a expectativa é de 4,07% (também abaixo do centro da meta que é de 4,25%). Porém, 2018 teve muitas incertezas causadas pela eleição e cenário externo, o dólar chegou a R$ 4,20 em setembro, por exemplo.

Previsões para 2019

Os especialistas presumem uma melhora na economia brasileira, segundo informações da reunião do Copom, feita no final de outubro (dia 30 e 31). Em relatório, o grupo financeiro multinacional, Goldman Sachs, expõe que o comunicado divulgado ao final do encontro aponta uma melhora no balanço de riscos para a inflação.

Entretanto, ainda há dúvidas sobre os próximos passos do Banco Central em relação ao próximo ano, pois ainda não se sabe quão intensa será a volatilidade no mercado internacional em 2019 e nem como ficará as reformas macroeconômicas pelo novo governo de Jair Bolsonaro.

O que é Copom e Selic? 

A taxa Selic é defina em encontros do Copom, que nada mais é do que um instrumento do Banco Central (também chamado de Bacen ou BC), para controlar a inflação. O Copom é formado pelos membros da diretoria do BC que prezam na garantia das metas estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A reunião do comitê dura dois dias: o primeiro é apresentada uma análise da conjuntura, e no segundo é definida a nova taxa básica de juros da economia.

Para entender como esses dois elementos funcionam, quando a inflação está alta, o BC sobe a taxa básica de juros, aumentando assim o custo do crédito e a remuneração de investimentos em renda fixa. Com isso, há um desestimulo nos gastos do consumidor e os investimentos das empresas, o resultado é que alivia a pressão sobre os preços e a inflação cai.

Porém, se a inflação está muito baixa, há uma redução das taxas de juros e assim movimenta a economia para incentivar o consumo e ter um crescimento da atividade econômica.