Fake news e falta de informação atrapalharam vacinação da gripe, revela Ministério da Saúde

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O Ministério da Saúde ouviu 198 municípios durante a campanha de vacinação deste ano contra a influenza para descobrir o que fez com que muitas pessoas não se vacinassem.

Falta de informação, medo da vacina, percepção de que ela não protege, e fake news estão entre fatores citados pelos municípios para explicar a dificuldade em atingir as metas de vacinação de crianças e gestantes contra a gripe.

Para realizar a pesquisa, o Ministério mapeou cidades que apresentavam índices de cobertura abaixo de 70% para esses grupos após a data prevista para o fim da campanha. A meta nacional era chegar a 90% de imunização no país no grupo prioritário (composto principalmente por por idosos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, crianças entre seis meses a menores de seis anos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, entre outros) o que só aconteceu após a campanha ser estendida para além do prazo inicial.

77% dos municípios entrevistadas afirmaram que a população têm medo dos efeitos da vacina; 72% acha que a vacina não protege; 51% foram impactadas pelas fake news que circulam nas redes sociais. Entre as notícias falsas, algumas afirmavam que a vacina causava gripe e até autismo em crianças, o que é completamente falso. Entram na lista também fatores sociais, como falta de dinheiro para transporte e distância dos pontos de saúde.

O levantamento foi feito por meio de formulário enviado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). De 517 municípios acionados, 198 responderam. Agora, o ministério iniciará uma pesquisa para ouvir 14 mil pais de crianças menores de seis anos para confirmar os motivos da não imunização.