Circula nas redes sociais uma imagem afirmando que pacientes infectados pela Covid-19 devem trocas suas escovas de dentes. Segundo a publicação, a escova deve ser trocada logo após a melhora do paciente, pois vírus seria capaz de ficar ativo nas cerdas – o que resultaria em uma infecção secundária.
Essa informação é falsa. Não é verdade que o vírus ativo da Covid-19 seja capaz de sobreviver na escova de dentes. Segundo dentistas, não existe embasamento científico para a tese de que as cerdas podem reter o coronavírus, e que manter a mesma escova em uso pode levar a casos de reinfecção.
Infectologistas afirmam que, assim como a combinação de água e sabão é eficaz para matar o vírus, o mesmo acontece com água e pasta e dentes. Dessa forma, a escovação é suficiente para neutralizar qualquer partícula viral que esteja presente na saliva, tornando impossível a permanência de vírus nas cerdas por muito tempo.
A recomendação é de que as escovas de dentes sejam trocadas regularmente, devido ao fim de sua vida útil, geralmente causado pela diminuição da eficiência da escovação devido a perda ou deformação das cerdas. Diferentemente do que o post que circula nas redes sociais, fora do organismo, em diferentes materiais o vírus Sars-CoV-2 não sobrevive por um tempo maior que 72 horas.
Apesar disso, existe a recomendação de que as pessoas infectadas pelo coronavírus fiquem atentas com a limpeza em outras superfícies do banheiro e, até mesmo, o cabo da escova, onde o vírus pode permanecer. Caso o banheiro seja compartilhado com outras pessoas, por exemplo, recomenda-se que as escovas fiquem separadas, para que não haja o risco de contaminação, caso se toque na haste.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
