O presidente dos Estados Unidos Joe Biden culpou o adversário republicano Donald Trump nesta terça-feira (23) por novas restrições ao aborto na Flórida, durante uma parada de campanha em Tampa, com os democratas dobrando a aposta em suas intenções de conquistar o estado onde Trump mora.
Assim, neste mês, a Suprema Corte da Flórida abriu caminho para uma proibição ao aborto, a partir de 1º de maio, após seis semanas de gestação, antes de muitas mulheres perceberem que estão grávidas.
O tribunal também ordenou que uma medida eleitoral legalizando o aborto até a viabilidade pudesse ser apresentada aos eleitores em novembro deste ano.
Com isso, a reversão de Roe v. Wade pela Suprema Corte dos Estados Unidos em 2022 abriu a porta para a Flórida e outros estados estabelecerem suas próprias leis em relação ao aborto.
Trump fez campanha em 2016 dizendo que incluiria juízes para reverter Roe e indicou três que o fizeram.
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“Vamos ser muito claros: há uma pessoa responsável por esse pesadelo”, disse Biden. “Ele se gaba disso. Donald Trump”, afirmou Biden a apoiadores.
“Deveria ser um direito constitucional”, afirmou Biden, sobre o aborto. “Não se trata de direitos dos estados. Trata-se dos direitos das mulheres”.
É bom lembrar que o tema aborto é uma das principais questões da eleição de 2024. Os democratas acreditam que restrições severas como as da Flórida e do Arizona, que manteve uma proibição do aborto de 160 anos atrás neste mês, levarão os eleitores a apoiarem Biden. Eleitores norte-americanos rejeitam esmagadoramente proibições rigorosas ao aborto, de acordo com pesquisas e iniciativas eleitorais estaduais.
Além disso, o acesso ao aborto quase não existe mais em estados do sul por causa das novas leis, quase todas elas apoiadas por republicanos, o que força mulheres a buscarem o procedimento em outros estados.
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