No dia 10 de setembro, o ativista político norte-americano Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiros durante um evento da organização conservadora Turning Point USA, na Universidade do Vale de Utah. O crime ocorreu diante de uma multidão, quando um atirador utilizou um rifle Winchester calibre .30-06 — arma comumente usada para caça de grandes animais — para disparar contra o palestrante.
O que mais surpreendeu os médicos foi a trajetória incomum do projétil. Apesar da potência da munição, a bala ficou alojada no pescoço de Kirk, sem causar perfuração de saída, algo considerado extremamente raro para esse tipo de armamento. Segundo o cirurgião responsável, ouvido pelo porta-voz da organização, Andrew Kolvet, a bala deveria ter atravessado completamente o corpo de Kirk, como geralmente acontece em ferimentos com esse calibre.
O médico destacou ainda a densidade óssea do pescoço de Kirk, descrevendo sua estrutura como “impressionante” e comparando-a a aço. Para ele, foi um “milagre” que o disparo não tenha atingido outras pessoas que estavam posicionadas logo atrás do ativista. O legista localizou o projétil logo abaixo da pele do pescoço, reforçando a singularidade do caso.
O FBI prendeu Tyler Robinson como principal suspeito do assassinato, após o jovem ter sido entregue às autoridades pelo próprio pai, um eleitor republicano. No entanto, a avó de Robinson questiona a versão oficial e afirma acreditar que a polícia pode ter detido a pessoa errada. Imagens de baixa qualidade divulgadas pelo FBI, que mostram um homem jovem, magro, de boné e óculos escuros, serviram de base para a identificação inicial.
O caso continua sob investigação e tem gerado intensos debates, tanto pelas circunstâncias médicas incomuns quanto pelo impacto político do crime. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
