Não confunda! Marca realiza ensaio protesto por Brumadinho, com modelos cobertos de lama

70

Na última segunda-feira (28), a marca Jendayi Cosméticos divulgou um ensaio protesto  nas redes sociais da empresa. O tema foi inspirado na tragédia ambiental em Brumadinho (MG) e por isso causou muita revolta por parte dos internautas.

A empresa e o fotógrafo Jorge Beirigo contrataram os modelos para que eles aparecessem cobertos de lama, abraçados e segurando uma bandeira do Brasil, com a intenção de representar e interpretar as vítimas. Foram três modelos que participaram da ação, a qual ocorreu na cidade de Atibaia, em São Paulo.

O ensaio contava com 47 imagens e na primeira delas, divulgada nas redes sociais da empresa, aparecem uma mulher, uma criança e um homem cobertos por lama seca. Na foto está escrito: “A dor também é nossa! Juntos vamos até o fim.”

Confira um exemplo de posicionamento contra o ensaio protesto:


A imagem recebeu muitas críticas de internautas, que acusam a empresa principalmente de  oportunismo. “o objetivo da campanha é mostrar que existe uma marca de cosméticos que se preocupa com a beleza… beleza da vida”, argumentou o fotógrafo, que também atua no marketing da empresa.

Através de sua conta oficial no Facebook, a marca de cosméticos emitiu a seguinte nota e logo depois apagou a publicação com a galeria de fotos:

“A Jendayi Cosméticos vem por meio desta pedir desculpas pela má repercussão de campanha veiculada por nós. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as vítimas do crime ambiental em Brumadinho. As fotos tinha uma intenção de protestar e jamais de se aproveitar da situação. Reiteramos nossos pedidos de desculpas as vítimas e a sociedade em geral por nossa campanha mal elaborada. Nossas mais sinceras condolências as vítimas e ajudaremos no que for possível.

Equipe Jendayi Cosméticos.”

Por um breve instante, algumas fotos chegaram a comover os internautas que interpretaram o ensaio como um registro das vítimas encontradas. Esse é um exemplo das desinformações que circulam pelas redes sociais e que acabam por prejudicar não só as famílias envolvidas na tragédia, como inclusive as operações de resgate.

Na noite de segunda-feira (28), o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos Bombeiros de Minas Gerais, explicou que as notícias falsas atrapalham o trabalho de resgate e que é mentira a publicação sobre a ineficiência da tecnologia e cooperação de Israel nas buscas. Veja: