80% dos executivos no país estimam queda na receita em 2020

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Para 80% dos executivos brasileiros, a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) deverá impactar bastante o setor e com isso, causar queda na receita ou no lucro das empresas no ano de 2020. Os dados são resultados da pesquisa Covid-19 CFO Pulse, realizada pela PwC em 8 de junho com 46 diretores financeiros brasileiros e divulgada nesta quinta-feira (16).

Segundo o levantamento, para 33% dos executivos ouvidos, a diminuição será de 10% a 24,9%; já para 20%, de até 10%; e para 13%, a queda representa de 25% a 50%. Uma diminuição superior a 50% foi apontada por 4%; 11% disseram estimar queda, mas não souberam precisar o percentual; 13% disseram acreditar que o vírus não terá impacto nas receitas; e 7% disseram que haverá aumento de receita ou lucro.

Além disso, a pesquisa perguntou aos diretores financeiros sobre qual é a expectativa de volta à normalidade dos negócios em suas empresas. Com isso, 28% disseram que ocorrerá em um a três meses; 26%, em três a seis meses; 20%, em seis a 12 meses; 17%, em mais de 12 meses; e 9%, em menos de um mês.

A contenção de custos continua sendo a principal estratégia adotada pelos diretores financeiros das empresas em resposta à crise. No Brasil, 87% deles avaliam adotar a medida; 67%, postergar ou cancelar investimentos planejados; 46%, mudar planos de financiar a empresa; e 28%, ajustes no direcionamento.

Por outro lado, sobre as alternativas que a empresa planeja colocar em prática quando começar a retomada do trabalho em suas instalações: 80% dos executivos indicaram alterar as medidas de segurança biológica; 80%, melhorar a experiência do trabalho remoto; 76%, reconfigurar o local para promover o distanciamento físico; e 63% tornar o trabalho remoto uma opção permanente para funções que o permitam.

“Na primeira pesquisa, feita em 20 de abril, ninguém entendeu que levaria mais de um ano para as empresas voltarem à normalidade. Desta vez, 17% das empresas responderam que levaria mais de 12 meses. Então, começa-se a ter uma visão mais pessimista sobre a duração e a extensão desta crise”, destacou o sócio da PwC Brasil, Luis Ruivo para a reportagem da Agência Brasil.

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