É falso que limão e laranja contenham princípios da cloroquina e ivermectina

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Circula pelas redes sociais um vídeo afirmando que, as cascas das frutas limão e laranja, contêm os mesmos princípios ativos presentes nos medicamentos cloroquina e ivermectina, apontados como possíveis curas contra a Covid-19. Segundo o vídeo, o suco feito com as cascas das frutas pode ser usado como tratamento ou profilaxia contra a doença.

“O princípio ativo dos dois remédios, da ivermectina e da cloroquina, está na laranja e no limão, na casca dos dois. […] Se você não tem a Covid-19, você vai tomar dois copos por dia. […] Se você já está com Covid, você vai tomar quatro copos.” – Trecho do vídeo que circula no Facebook. (Fonte Reprodução/Facebook)
Essa informação é falsa. Nenhum dos medicamentos, sendo um usado no tratamento de doenças como a malária e o outro um vermífugo, podem ser encontrados na natureza, pois ambos são drogas sintéticas produzidas em laboratórios. Além disso, apesar dos medicamentos poderem ser adotados no tratamento contra a doença, não existem provas científicas de que sejam eficazes para combater o novo coronavírus.

O componente ativo da Ivermectina foi descoberto em uma cultura de bactérias usadas contra vermes e então, modificado em laboratório para que tivesse um resultado semelhante, porém menos tóxico. Em 1980, o medicamento começou a ser comercializado para humanos, com a função de tratar verminoses, escabiose e piolhos.

Já a cloroquina, foi desenvolvida em laboratório no início do século 20. Na época o intuito era produzir um medicamento eficiente para o tratamento da malária que fosse eficiente e mais seguro que a quinina. Dessa forma, moléculas da substância, que era ate então utilizada, serviram como modelo para a produção do medicamento que, atualmente, também é utilizado no tratamento da lúpus.

O vídeo que circula nas redes sociais chegou a ser compartilhado mais de 6.000 vezes e já foi marcado com o selo “FALSO”, do Facebook, que funciona como um alerta de fake news. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existe nenhuma droga, vacina ou alimento que, comprovadamente, seja eficaz no combate contra a doença.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.