Entenda como a Selic caiu 85% de 2016 para cá

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Na última quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 2% ao ano e interrompeu a sequência de cortes desde julho de 2019.

Por mais que a taxa básica esteja no menor patamar da história, o crédito ao consumidor continua caro. A Selic impacta as taxas dos empréstimos porque é o custo mínimo que o banco tem para adquirir o dinheiro com investidores e emprestar aos tomadores de crédito.

Ou seja, funciona como um ponto de partida para a definição da taxa final que o consumidor paga nos empréstimos. A diferença entre a taxa de captação e a taxa final é o chamado spread e não deve ser confundido com o lucro do banco.

Pois do spread, o banco precisa descontar custos operacionais, custos com inadimplência e outros, para depois chegar ao lucro. Ao compilar os dados do Banco Central, é possível comparar a queda dos juros dos empréstimos para pessoas físicas com a redução da Selic entre julho de 2016 (14,25% ao ano) e julho de 2020 (2% ao ano).

Veja a tabela do Infomoney:

(Tabela: Infomoney)

Os bancos alegam que não estão lucrando mais e argumentam que os juros finais não caíram na mesma proporção da Selic, já que os custos com inadimplência não caíram na mesma velocidade ou até chegaram a subir.

Outro exemplo é que até o ano passado, o juro do cheque especial era bem próximo ao do rotativo. Atualmente, está em um patamar menor porque entrou em vigor uma nova regra que limita os juros a 8% ao mês.

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