É falso que Brasil, Cuba e Venezuela são os únicos países que usam urnas eletrônicas

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Circula nas redes sociais uma publicação que afirma que Brasil, Cuba e Venezuela são os únicos países que usam urnas eletrônicas para eleições. O post ainda menciona que existem 193 países no mundo.

“Você sabia que no mundo tem 193 países? Mas apenas 3 usam urnas eletrônicas? Brasil, Cuba, Venezuela” – Legenda de imagem publicada no Facebook. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. Esse boato é antigo e circula nas redes sociais desde 2018. Na época, até mesmo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou um esclarecimento, mostrando que a informação não é verdadeira. Segundo o Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral(International IDEA), um total de 26 países, entre eles a Índia e o Peru, também utilizam a urna eletrônica para eleições gerais, entre um total de 178. Outros 16 países utilizam esses equipamentos para pleitos regionais.

Segundo  o Regulamento Geral da Lei Orgânica de Processos Eleitorais, de 2012, para votar na Venezuela o eleitor deve dirigir-se à urna, pressionar os botões referentes ao candidato escolhido e, em seguida, confirmar no botão “votar”. “O voto ficará depositado eletronicamente nas unidades de armazenamento do sistema automatizado de votação”, diz a legislação. Ou seja, no país, o voto é eletrônico.

Além disso, a urna irá imprimir um comprovante do voto, que seve ser obrigatoriamente depositado pelo eleitor em uma urna, para que seja realizada uma verificação cidadã.

Já em Cuba, conforme a Lei Eleitoral e o Decreto Lei 248, o eleitor recebe uma cédula de papel dobrada, para a eleição dos delegados às assembleias municipais do Poder Popular. “Escreva um X (X) ao lado do nome do candidato em quem você está votando; então dobra a cédula e a coloca na urna”, é a orientação de voto no país. Em nenhum momento da legislação cubana é citado alguma informação sobre o uso de urnas eletrônicas na votação.

No caso do Brasil, a urna eletrônica é utilizada desde as eleições municipais de 1996. Uma das mais recentes mudanças aconteceu em 2008 quando, além das urnas eletrônicas, passou a ser adotada também a identificação biométrica por impressão digital.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.