Prédios que aparecem em publicação do Facebook não foram ocupados pelo MTST

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O segundo turno das eleições de 2020 para a Prefeitura de São Paulo acontece neste domingo (29) e com a proximidade da data diversos rumores envolvendo os candidatos à Prefeitura começaram a surgir de forma mais intensa nas redes sociais. 

Nesta semana, circulou nas redes sociais uma galeria de fotos de dois prédios que supostamente teriam sido ocupados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual Guilherme Boulos (PSOL) é coordenador. 

A legenda das imagens que supostamente demonstram o Movimento associa o candidato à Prefeitura a ocupação, acusando Boulos de supostamente cobrar aluguéis dos moradores dos locais para que eles pudessem permanecer no local.  

(Foto: Reprodução)

“Como ficaria São Paulo na gestão Boulos. Esse é um dos edifícios invadidos pelo MTST”, crítica o texto que acompanha as imagens do prédio. Após a verificação do Paipee, constatou-se que a informação é falsa.  

Embora o print que circulou na web desse a entender que os prédios se tratam do mesmo local, eles são locações diferentes.  O primeiro, que aparece em destaque na imagem, se encontra na avenida Prestes Maias, no centro histórico da capital paulista. 

++ É falso tuíte de Boulos sobre abrigar pessoas em situação de rua em casas com quartos vazios

Já as imagens seguintes se referem ao edifício Prestes Maia, que está localizado na avenida Prestes Maia, no número 911, localizado na região da Luz. Os prédios em questão não foram ocupados pelo Movimento coordenado por Boulos. A informação foi retificada pela coordenação do MTST, que salientou que prédios na região central de São Paulo não estão sendo ocupados pelo Movimento. 

Prédios distintos 

O edifício Prestes Maia, de fato, está ocupado, porém, os moradores do local não têm qualquer relação direta ou indireta com o MTST e o local em questão é organizado pelo Movimento Moradia na Luta por Justiça (MMLJ). 

Um dos pontos mais comentados da publicação em questão seria de que Boulos supostamente cobraria aluguel das pessoas que se refugiam em suas ocupações. A informação foi negada pela assessoria de imprensa do candidato que disputa a Prefeitura de São Paulo.  

A assessoria teria salientado que a notícia falsa se trata de uma suposta reação da campanha de Bruno Covas (PSDB) ao crescimento do candidato nas pesquisas de intenção de voto. Entretanto, os perfis que repercutiram a notícia nas redes sociais e deram início aos boatos não tem qualquer ligação direta a campanha do atual Prefeito de São Paulo. 

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.