Israel começa a mostrar sinais de “imunidade de rebanho” com a vacinação contra a Covid-19

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Israel pode estar começando a mostrar ‘efeitos de imunidade de rebanho’ com a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19, sugere especialista. (Foto: Divulgação)

Segundo informações divulgadas na tarde deste domingo (17), Israel já vacinou pelo menos 25 por cento de sua população contra o coronavírus. O país é considerado o líder em vacinação contra a Covid-19 e automaticamente o primeiro a poder observar os efeitos da imunidade de rebanho, através da vacina Pfizer-BioNTech, diz o especialista em doenças infecciosas David Fishman.

Recentemente, a taxa de casos em Israel parece ter diminuído drasticamente e, embora possa haver algumas razões para isso, é possível que o esforço de vacinação esteja começando a desempenhar um papel.

Um estudo da Clalit publicado na semana passada relata que 14 dias após receber a primeira injeção da Pfizer-BioNTech, as taxas de infecção entre 200.000 israelenses com mais de 60 anos caíram 33 por cento entre os vacinados, em comparação com 200.000 do mesmo grupo demográfico que não receberam uma injeção.

À primeira vista, escreve Fishman, isso pode parecer decepcionante, já que os testes clínicos sugeriram que a vacina era mais de 90% eficaz. Mas ele realmente acredita que o número de 33 por cento é “auspicioso”. Como as pessoas vacinadas e não vacinadas estão se misturando, pode haver “efeitos de rebanho da imunização”. Em outras palavras, quando pessoas vacinadas interagem com pessoas que não receberam a injeção, este último indivíduo ainda pode estar protegido porque a outra pessoa está. Em uma escala maior, isso reduziria o número de infecções entre as pessoas não vacinadas, reduzindo assim a diferença de taxas entre os dois grupos.

Mais dados precisam chegar, e Fishman pensa “saberemos mais” esta semana, mas ele está cautelosamente otimista sobre como as coisas estão indo.